O Festival Cinema Pela Verdade desembarca em Cuiabá, trazendo na bagagem temas importantes e que avaliam os resultados da história recente do País. A mostra será exibida na UFMT, UNIVAG e UNIC. A estreia acontece no dia 4 de junho, às 19h, no Centro Cultural da UFMT, e segue no dia 5, às 19h e dia 6, às 8h, com a presença de debatedores convidados, como os historiadores Julio Mangini, Bruna Pastore, Jerusa Doring, Raphael Nogueira, Cineasta Antropólogo Celso Luiz Prudente, socióloga Haya Del Bel, e Roberto Mader, diretor do filme Condor.
Durante os meses de maio e junho, as principais universidades do país serão palco para o primeiro festival “Cinema pela Verdade”, realizado pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM) em parceria com o Ministério da Justiça, via Comissão de Anistia. O projeto vai levar para os quatro cantos do Brasil filmes nacionais que têm como tema o período da ditadura civil-militar e suas conseqüências. Ao todo, o festival vai percorrer todas as 27 capitais federativas e passar por 81 universidades, promovendo exibições gratuitas, seguidas de debate com a presença de convidados e diretores/realizadores de cada obra.
O cinema sempre foi e será um instrumento indispensável de resgate da memória de um país. E para relembrar este período marcante da história brasileira, o “Cinema pela Verdade” selecionou três documentários que trazem diferentes enfoques sobre o tema: Cidadão Boilsen (2009) de Chaim Litewski; Condor (2007), de Roberto Mader; e Hercules 56 (2006), de Silvio Da-Rin. Além desses, o projeto também vai contar com a participação especial de mais duas obras: Diário de uma Busca (2010), de Flavia Castro; e Uma longa Viagem (2011), de Lucia Murat, lançamento nacional de 2012.
Após cada exibição, será promovido um debate com acadêmicos, pesquisadores, integrantes de movimentos sociais e culturais, além dos próprios diretores ou equipe de produção dos filmes, onde estudantes e debatedores terão a chance de trocar conhecimento e experiências, fomentando assim a discussão.
Para a produção do “Cinema Pela Verdade”, o ICEM conta com 27 “Agentes Mobilizadores”, isto é, universitários previamente selecionados e treinados de cada capital que serão responsáveis por articular localmente as exibições nas universidades, divulgar o evento, ajudar na pesquisa de pessoas para compor as mesas de debates, além de escrever relatório acadêmico sobre cada sessão.
O “Cinema pela Verdade” foi contemplado pelo edital “Marcas da Memória”, da Comissão da Anistia, que visa a promoção de eventos e projetos em geral com foco no período da ditadura militar no Brasil. O festival é produzido pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), organização da Sociedade Civil de interesse Público (OSCIP), fundada em 2002. Nascido da bem sucedida experiência do projeto “Cinema em Movimento”, rede nacional de agentes culturais, organizada em torno da distribuição gratuita de filmes brasileiros, o ICEM atua em todas as 27 unidades da federação.